Flor de Tabaco Partagás.
Você sabia que a Partagás está entre as marcas mais antigas de charutos ainda existentes?
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Pois é, não tem como você ir a Havana e não se impressionar com a Real Fábrica de Tabacos Partagás, um edifício enorme fundado em 1845 por Don Jaime Partagás y Ravell, que está na lista de principais pontos turísticos a se visitar na capital Cubana.
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A capacidade de Don Jaime de escolher entre os melhores tabacos da ilha e o instinto para misturar e fermentar tabacos tornou a marca incrivelmente bem-sucedida. É dito também que ele foi o primeiro a contratar “leitores” para seus torcedores. Basicamente essa pessoa lia livros e contava histórias durante os períodos de trabalho, entretendo os torcedores e tornando o ambiente mais descontraído.
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Don Jaime foi assassinado em 1868 em uma de suas fazendas e seu filho, José Partagás assumiu os negócios da empresa mas alguns anos depois vendeu a propriedade da fábrica e da marca ao banqueiro José A. Bances.
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Bances, por sua vez, convidou Ramón Cifuentes Llano em 1899, um talentoso “Tabaqueiro” espanhol, para juntar-se a ele como sócio e acabou vendendo suas ações restantes ao mesmo no ano seguinte.
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Entre trocas de sócios e empresas, Ramóm Cifuentes Llano morreu em 1938 deixando a empresa para seus filhos, mas no comando principal ficou seu filho mais velho Ramon Cifuentes Toriello. O período de ouro se deu até o governo revolucionário de Fidel tomar posse de TODAS as fábricas de charutos cubanos em 1960.
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Fidel ainda ofereceu o cargo de Chefe da Indústria de Charutos do país à Cifuentes, que negou o pedido e alguns dias depois fugiu do país com todas as suas finanças confiscadas, chegando a Nova York com sua esposa praticamente sem um tostão no bolso.
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Sua esposa conseguiu um emprego na Bloomingdale’s enquanto Cifuentes foi para Connecticut trabalhar com o tabaco cultivado pela família Cullman, os proprietários da General Cigar Co. Com pouco tempo de serviço, Cifuentes foi exaltado pelos Cullman por todo seu conhecimento na arte de fazer um grande charuto.
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Cifuentes sonhava ainda com a queda de Fidel. Ele amava Cuba e desejava retornar à sua terra natal e à empresa deixada por seu pai mas na década de 70 começou a perder as esperanças. Em 1974, a familia Cifuentes fez um acordo com a General Cigar para fabricar charutos Partagás na Jamaica. A General pagou uma taxa à família e concordou em pagar royalties por cada charuto Partagás que produzisse.
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Os primeiros charutos Partagás não cubanos chegaram ao mercado em 1977, e a marca, agora fabricada na fábrica da General Cigar na República Dominicana, está entre as mais vendidas nos Estados Unidos hoje, com mais de 12 milhões de charutos vendidos por ano. Eles são feitos com filler dominicano e mexicano, binder mexicano e wrap cultivado em Camarões (é claro que existem edições em que não se aplicam os mesmos tabacos).
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Criada em 1845 por Jaime Partagas, imigrante catalão, e continuada pela família Cifuentes, Partagás é uma das marcas mais antigas e famosas de Cuba. Mesmo sob posse do Governo Cubano, ainda é uma das mais luxuosas e desejadas do vitolário da Habanos S.A.
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A fábrica Partagás, um marco de Cuba, é a única fábrica de charutos de Havana oficialmente aberta aos turistas, mas Cifuentes nunca mais voltou a ela depois que deixou Cuba. Ele trabalhou com a General Cigar até os 80 anos, supervisionando a fabricação de charutos Partagás não cubanos, e passou seus últimos anos na Espanha. Apesar do seu sentimento de perda, ainda preservou toda a elegância do legado de sua família em solo Americano.