JFK e sua paixão por Habanos.
A paixão de J. F. Kennedy por charutos sempre foi bem clara, mas depois do relato de seu assessor, Pierre Salinger, podemos ver que seu gosto, na verdade, era bem específico.
Segue um trecho desse relato ao decorrer de uma importante decisão do governo Americano:
O presidente chamou-me ao seu gabinete no início da manhã.
“Pierre, necessito de ajuda”, disse Kennedy.
“Terei todo o prazer em ajudá-lo Presidente, diga”.
“Preciso de muitos puros”, disse.
“De quantos, Presidente?”.
“De uns mil Petit Upmann”, esclareceu Kennedy.
Arrepiei, mas prossegui. “E quando precisa deles senhor Presidente”.
“Amanhã de manhã”, disse.
“Saí do gabinete a perguntar-me o que iria o Presidente fazer com tantos charutos, mas como era um fumador inveterado de cubanos… e eu conhecia todas as lojas onde se vendiam, resolvi o problema do Presidente nessa mesma tarde.
Na manhã seguinte quando cheguei ao escritório o meu telefone já estava a tocar. Era Kennedy.
“Como foi?”, quis saber o Presidente norte-americano.
“Muito bem”, garanti. Na verdade havia conseguido 1200 charutos cubanos.
Kennedy sorriu e abriu uma gaveta da escrivaninha. Pegou um grande papel e assinou-o de imediato.
Foi o decreto proibindo todos os produtos cubanos nos Estados Unidos.
Os charutos cubanos passaram a ser ilegais a partir daquele momento.
Como podemos chamar isso, oportunidade ou aproveitamento? A paixão pelos habanos justifica a medida?